Encarei 3 fatos que me instigaram a escrever sobre mudanças de rota. Cada um, à sua maneira, fez com que eu pensasse minimamente um plano B. Desconforto puro, de forma que achei bacana refletir sobre isso.
Fato 1: Um feedback sobre o último texto que escrevi. O executivo em questão, que recomendei ler o último texto sobre futuro de vendas, disse que não gostou. Primeiro agradeço imensamente pelo tempo que ele teve ao ler e, segundo, pelo tempo e transparência do próprio feedback. Disse que o texto não está realmente ajudando o leitor: que a pessoa que lê e tem a necessidade não encontra uma recomendação, exemplos ou explicações detalhadas de como aplicar.
Mudança na rota: escrever é um processo constante de aprendizado. Talvez não tenha encontrado, ainda, a forma certa de escrever e de causar impacto mas, ao mesmo tempo, penso que é fundamental ser flexível e revisitar as ideias conforme as demandas aparecem. Só assim vou contribuir também no seu próprio processo de aprendizado. De forma que nos próximos textos teremos mais sobre os 5 pontos elencados no futuro de vendas… Espero contribuir com você, assim, na decisão de qual a melhor opção para vender mais na realidade da sua empresa e não só provocar com ideias generalistas que não proporcionam uma aplicação.
A sombra de uma dúvida gera inércia, não provoca ação e reação. Eu tinha uma lógica de temas para seguir escrevendo, mas a missão, agora, é desenrolar cada tema com mais profundidade de forma que você realmente sinta uma genuína contribuição.
Fato 2: Do nada, você descobre algo que te deixa inerte e completamente desnorteado. Tal fato provoca paralisia, medo e excesso de preocupação. Coloca em xeque sonhos, gerando desespero por não saber o que fazer e o que vai acontecer. Acho que todos passaram por isso, invariavelmente, com o coronavírus.
Mudança na rota: primeira coisa é o confronto e aceitação. Viver o “luto”, manter a calma, entender o que está acontecendo e buscar alguma racionalidade em um momento caótico de emoções. Procurei conversar com as pessoas certas, busquei apoio e recebi forças de pessoas queridas. Meditei. Rezei.
Superado o desconforto, hora de pensar no plano B, C, D… Z. Desenhar possibilidades, construir argumentos e acreditar. Acreditar que tudo vai dar certo e que tudo isso serviu para alguma coisa, seja para eu planejar melhor, seja para viver o momento presente de acordo com os obstáculos e desafios que são impostos. Novamente desconforto e única certeza de que você não pode ter certeza de nada.
Fato 3: Gosto de correr, embora não sou um corredor de maratonas. Geralmente corro 5km e flui super bem. E me planejei para, mais uma vez, correr essa distância em uma velocidade menor que a última que tinha conseguido.
Mudança de rota: 2 km percorrido e não aguentava mais. Pernas reclamaram ao ponto de eu ter que mudar na hora o treino planejado. Na hora me ocorreu descansar 1 km, mas descansei 0,5 km e me senti preparado para correr mais 2 km. E assim foi: 4 ciclos, 10 km completados. Um sentimento de reenergização e felicidade de ter persistido e transformado um treino que tinha tudo para fracassar em algo que virou a próxima meta: correr 10 km sem parar. Foi algo realmente não planejado e surpreendente.
O que espero ensinar com tudo isso? Será que estou contribuindo com algo para você? A mensagem final é de que, em contextos de ambiguidade e incerteza, autoconhecimento, networking e adaptação são pontos-chave. São ferramentas únicas para lidar com as únicas certezas que temos nesse mundo: a) que tudo muda; b) que o desconforto da mudança é contínuo; e c) que temos que encarar o desconforto.