A sustentabilidade das pessoas, empresas e empregos pode estar diretamente relacionada à adaptabilidade de cada um em trabalhar com amor no que se compromete.
A oportunidade que tive, profissionalmente, de conhecer pessoas diferentes foi e continua sendo incrível. Sempre considerei uma troca riquíssima de experiências, onde o aprendizado é constante. Depois de anos entrevistando candidatos, noto que a maioria das pessoas, se pudessem escolher, mudariam de emprego ou trabalhariam em outras frentes.
É um sinal de alerta importante, tanto para as organizações quanto para as próprias pessoas. No caso das organizações, o retorno certamente será mais interessante com as pessoas certas nos lugares certos e com propósitos bem definidos. Afinal, quanto maior o engajamento, mais energia positiva, produtividade e criatividade, não é mesmo? Ou seja, se as pessoas trabalham com amor, elas se dedicam integralmente àquilo que produzem e, sim, são e estão mais felizes!
Não obstante, vejo pessoas que se dedicam totalmente ao trabalho (o comprometimento não está em jogo aqui) e que produzem muito, mas não veem sentido no que fazem. Esse é o ponto: será que essas pessoas não produziriam mais se estivessem 100% conectadas com o que estão fazendo? Com a cultura, atividades e equipe?
Vamos para um exemplo na esfera pessoal: família. Estar ao lado das pessoas que você ama também exige trabalho. Cuidar, conversar, brincar, amar. Uma série de verbos, já que trabalho é ação, é esforço, é produção. Não à toa, o trabalho dignifica o homem. É sua essência, na medida que somos os únicos da natureza a ter consciência de intenção. Pois bem, vale o mesmo raciocínio, então: qualquer coisa que você fizer ou se comprometer (integralmente, com amor), seguramente apresentará melhores retornos / resultados.
Talvez esteja falando coisas básicas, mas acho que é esse o caminho mesmo: voltar ao básico para ressignificar trabalho. Não confundi-lo com emprego e também fomentar uma consciência de que tudo, mas tudo mesmo, na vida, é trabalho. Sugiro, então, aproveitarmos cada momento, independentemente se estamos em crise ou não, para pensarmos o que nos move e o que podemos fazer para adaptar e evoluir, depositando energia no momento presente para que o trabalho flua.
Qual o propósito da sua vida? Espaço aberto para olharmos para dentro e compreender quais são as nossas reais intenções com o futuro do trabalho!